De acordo com a economista e assessora técnica da Famasul, Adriana Mascarenhas, o levantamento foi realizado com base em dados coletados junto a Superintendência Federal de Agricultura (SFA/MS). As unidades frigoríficas com SIF são responsáveis por 95% de todo o abate realizado no Estado.
– Essa pesquisa visa dar suporte às discussões em torno da concentração na indústria de frigoríficos e subsidiar os produtores rurais, sindicatos rurais, governo e agentes de interesse, com informações reais para avaliação do cenário observado, de modo a contribuir para tomada de decisões do setor – diz Adriana.
A capacidade de abate dos frigoríficos em operação é de até 16,4 mil cabeças de bovinos por dia, porém 81% é abatido, com o total de 13,2 mil, o que representa uma ociosidade de 19%. As plantas de maior porte, com abate diário acima de mil cabeças, pertencem ao Grupo JBS, com unidades em Campo Grande, Naviraí, e ao Marfrig de Bataguassú.
O estudo também analisa a participação de mercado do Grupo JBS. Os dados apontam que o grupo detem 37% do mercado, seguido pelo Grupo Marfrig, com 11%, Grupo Navi Carnes com 7% e o Grupo Minerva com 5%. Os demais frigoríficos (15 unidades) respondem junto por 40%.
– Com a aquisição das duas plantas do Frigorífico Independência pelo Grupo JBS, sendo uma em Campo Grande com capacidade de abate diário para 1 mil cabeças, e outra em Nova Andradina, com abater 1,1 mil cabeças/dia, o Grupo JBS pode atingir até 46% do mercado no Estado – explica Adriana.