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Estudo aponta que produção de gado de corte do RJ precisa de investimento tecnológico para crescer

1º Diagnóstico da Cadeia Produtiva da Pecuária de Corte do Estado foi apresentado nesta segunda, dia 30A produção de gado de corte fluminense precisa de investimento tecnológico por parte do Estado para crescer. É o que aponta o 1º Diagnóstico da Cadeia Produtiva da Pecuária de Corte do Estado, apresentado nesta segunda, dia 30, pela Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Faerj), na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

O coordenador da pesquisa e professor da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Nelson Jorge Moraes de Matos, explicou que itens como melhoramento genético, melhoria no manejo sanitário e na alimentação formam o tripé para uma produtividade com sustentabilidade.

? O produtor não precisa de paternalismo, mas precisa de apoio do poder público, principalmente na área de assistência técnica. É necessário, por exemplo, investimento nas universidades, em pesquisas exclusivas para o Estado do Rio de Janeiro, com suas particularidades que precisam ser identificadas e contornadas quando forem negativas ? disse Nelson.

O professor explicou que uma das maiores deficiências do setor é o fato da maioria dos produtores no Estado não terem escrituras zootécnicas. O documento contém o registro de todos os eventos que ocorrem no rebanho, sistematicamente, como a anotação dos nascimentos dos animais, até seu desempenho produtivo e reprodutivo.

? Ou seja, o produtor não tem conhecimento do que acontece dentro de sua propriedade e, consequentemente, não tem como estabelecer metas ? observou ele.
Outro problema no Estado, apontado pelo estudo, é a má distribuição de matadouros, o que contribui para a ocorrência de um grande número de abates clandestinos.

A pesquisa mostra o perfil do produtor, aspectos da produção, o tamanho do rebanho e sugere ações para que o Rio, que é o segundo maior mercado consumidor do país e o maior importador, adote ações para as melhorias da pecuária de corte.

O estudo sugere a ampliação da pecuária de corte intensiva (gado criado preso ou em pequenos espaços, alimentado com ração específica), hoje utilizada por apenas 1% do setor fluminense. Cerca de 90% do rebanho são criados de forma extensiva e o restante é criado em sistema de confinamento semi-intensivo, que combina pasto com complementação alimentar.

Segundo o estudo, a pecuária de corte intensiva possibilitaria incrementar a produtividade, com propriedades menores.

? Para isso, é fundamental que haja investimentos em tecnologia ? insistiu o coordenador da pesquisa.

De acordo com o presidente da Alerj, Paulo Melo, o diagnóstico é um raio-X da pecuária fluminense e vai contribuir para a criação de políticas públicas eficazes para fomentar o setor. Os dados foram coletados diretamente com os produtores nas regiões Metropolitana, Noroeste, Norte, Serrana, Baixada Litorânea, Médio Paraíba, Centro-Sul fluminense e Costa Verde.

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