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Estudo incentiva investimentos para setor de alimentação de animais de produção

Terceiro maior produtor mundial de produtos para alimentação animal, Brasil ainda importa a maioria dos aditivos utilizados pela indústriaCom o objetivo de incentivar investimentos na indústria de aditivos para alimentação de animais, a Coordenação Geral do Agronegócio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) lançou um levantamento inédito sobre a indústria de alimentação de animais de produção. O estudo se insere nas ações do Conselho de Competitividade da Agroindústria do Plano Brasil Maior para fortalecimento do setor.

Terceiro maior produtor mundial de produtos para alimentação animal, atrás de China e Estados Unidos, o Brasil ainda importa a maioria dos aditivos utilizados pela indústria, como vitaminas, aminoácidos, enzimas e promotores de crescimento. Anualmente, a importação desses insumos chega a US$ 1,1bilhão.

– Isso sobrecarrega a balança comercial do setor. Por isso, é tão preocupante a dependência das importações, ainda mais sendo um país que se propõe a ser o maior fornecedor de proteína do mundo – destaca a coordenadora-geral do Agronegócio do MDIC, Rita Milagres.

Segundo Rita Milagres, a pesquisa faz uma análise técnica e econômica da viabilidade desses investimentos e sinaliza os setores prioritários para o segmento, mas a atração desses aportes depende de ações específicas. A ideia é que isso seja feito pela Rede Nacional de Informações sobre o Investimento (Renai), também da Secretaria de Desenvolvimento da Produção do MDIC, e a partir de parcerias com instituições variadas, como a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a Câmara Temática de Insumos Agropecuários.

Estudo

A produção de aditivos para alimentação animal é uma atividade especializada que se caracteriza por grande conteúdo tecnológico e alto valor agregado, onde se entrelaçam a cadeia da química fina e a cadeia de produção de carnes. Daí, a importância dos investimentos no setor, que, segundo o levantamento encomendado pelo MDIC, podem ultrapassar os US$ 400 milhões e gerar mais de 1,3 mil empregos diretos nos setores: enzimas e promotores de crescimento (US$ 185 milhões), vitaminas (US$ 136 milhões) e aminoácidos (US$ 117 milhões).

O estudo ainda apontou que 2.833 empresas estão autorizadas a fabricar, embalar e/ou importar produtos para alimentação animal, no país. Para ampliar esse parque industrial a partir de novos investimentos e incentivos, foram levantadas as possibilidades de direcionamento de recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), incentivo aos laboratórios já existentes, estudo de mecanismos que melhorem a comunicação entre universidades e empresas, diminuição dos prazos para concessão de patentes industriais.

Da parte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o estudo apontou que a linha de crédito Profarma seria uma possibilidade a ser aproveitada. Para isso, seria preciso incluir o financiamento de empresas e linhas de produtos destinados à produção de farmoquímicos para utilização na alimentação animal. Como vantagens da produção local de aditivos, segundo o estudo, podem ser levantados: diminuição do déficit da balança comercial de farmoquímicos, possibilidade de exportação, capacitação tecnológica local, desenvolvimento produtivo e geração de emprego e renda.

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