Após a detecção, em maio deste ano, de um lote com ivermectina (vermífugo) acima do limite estabelecido pelos norte-americanos, que é de 10 partes por bilhão (ppb), governo e iniciativa privada elaboraram, em julho, um plano de ação. Entre as normas está a seleção, pelos frigoríficos, de fornecedores de carne bovina que respeitam o período de carência, desde a aplicação de um medicamento até o abate dos animais.
? Depois desse passo, coletamos 230 amostras nos frigoríficos e avaliamos a presença de ivermectina (vermífugo). Em nenhum caso houve violação do limite permitido pelos norte-americanos. O resultado mostra que os procedimentos adotados estão funcionando ? enfatiza o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Nelmon Costa.
Nesta semana, começa a última etapa, em que serão analisadas mais 230 amostras. O Ministério da Agricultura ainda aguarda um posicionamento oficial do governo dos Estados Unidos sobre a retomada das exportações de carne termoprocessada.
Durante as três semanas em que permaneceram no Brasil, os técnicos visitaram frigoríficos cadastrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), laboratórios e os Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Animal localizados nas Superintendências Federais de Agricultura em Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Ao todo, foram auditados quatro estabelecimentos registrados no SIF dos 22 habilitados a exportar carne bovina termoprocessada para os Estados Unidos. Além disso, a missão verificou o trabalho realizado pelos Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagros) do Ministério da Agricultura em Campinas (SP) e Porto Alegre (RS). O Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar dos EUA deve encaminhar o relatório final aos brasileiros no prazo de 60 dias.