Depois de averiguação científica, a Food and Drug Administration (FDA), agência que regula o comércio de remédios e alimentos nos Estados Unidos, aprovou o primeiro animal transgênico para consumo humano naquele país.
A empresa AquaBounty Technologies começou a desenvolver o peixe há 20 anos. É um salmão do Atlântico (Salmo salar) geneticamente modificado. Ele cresce duas vezes mais rápido que os espécimes utilizados em criações de cativeiro.
Em vez de três anos, o peixe chega ao tamanho para a comercialização em até 18 meses e consome de 20% a 25% menos ração.
Em um comunicado, a FDA afirma que o salmão geneticamente modificado é tão seguro e nutritivo como o tradicional.
A engenharia genética para tornar o salmão mais produtivo utilizou dois genes de dois outros peixes.
Um, relativo ao hormônio de crescimento do salmão Chinook (Oncorhynchus tshawytscha), do oceano Pacífico, que cresce bem mais que o do Atlântico
O outro gene – da enguia Zoarces americanus, dos mares do Noroeste Atlântico –codifica um promotor de proteínas anticongelamento que deixa o salmão geneticamente modificado crescer no inverno.