Nesta terça, dia 9, os participantes fizeram um turismo na fazenda, o chamado farm tour, e visitaram as centrais de inseminação artificial e fertilização in vitro. Nos piquetes da central de inseminação artificial, os visitantes viram três das quatro raças zebuínas formadoras da raça brahman; o nelore, o gir e o guzerá. Ouviram explicações sobre as características econômicas de cada um dos animais e o que elas significam para o sistema de produção de carne no Brasil. Entre os visitantes estavam três pesquisadores australianos, estudantes da Bolívia e Colômbia e também pesquisadores, técnicos e estudantes brasileiros.
A proposta do Workshop Brasil x Austrália é mostrar como é feita a pecuária de corte em cada um dos países e ver no que um pode contribuir com o outro, já que são muito parecidos no clima e usam raças zebuínas como principal fonte de produção de carne. Brasil e Austrália são os dois maiores exportadores de carne bovina do mundo, mas tem muitas diferenças na forma de comercialização. Enquanto o Brasil exporta 25% do que produz, a Austrália exporta 60%.
Um intercâmbio fortalecido entre os dois países favorece, na opinião dos especialistas, não só Brasil e Austrália, mas o mundo todo. O avanço da pecuária feita nos trópicos e a disseminação desse conhecimento pode ser a garantia de fornecimento de proteína bovina para a população mundial nas próximas décadas.
Para o professor em segurança alimentar da Universidade de Queensland, Michael DÓcchio, o papel de alimentar o mundo passa também pelos países menores, que dependem, inicialmente, das nações mais evoluídas para aquisição de tecnologia. E ele reconhece o avanço do Brasil, nos últimos anos, nesse sentido.
O grupo visitou também uma central de fertilização in vitro, tecnologia na qual o Brasil se destaca. Estima-se que em todos os embriões produzidos em laboratórios no mundo, 70% são feitos no Brasil.
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