A enxurrada do mês de novembro levou entulhos para o rio. O resultado foi a queda da oxigenação das águas que, nesta época do ano, costuma ficar em sete miligramas por litro, explicou o assessor da Fundação do Meio Ambiente de Blumenau (Faema), o biólogo Antônio Maurício Schmidt.
A medição feita na terça-feira apontou que a oxigenação era de apenas 3,5 miligramas por litro. As altas temperaturas também contribuem para a diminuir o oxigênio no rio.
A reportagem percorreu a área onde há maior concentração de animais mortos. Foram encontrados peixes-gato, carpas, carás, cascudos e bagres. Muitos chegavam a pesar 10 quilos. Os primeiros animais apareceram na segunda, dia 22, segundo o pescador Márcio Wanka. Ao navegar pelo rio, ele lamentou as mortes observadas a cada remada:
? Em 30 anos de pescarias, é a segunda vez que vejo essa quantidade de peixes mortos. A outra foi na década de 1980.
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As análises dos técnicos da Faema levam em consideração a proximidade dos peixes com a superfície, o que caracterizaria a busca por oxigênio.
? Vamos continuar acompanhando os casos. Com a decomposição dos materiais orgânicos, em torno de 15 dias o problema deve ser sanado ? prevê Schmidt.
Em Blumenau, para alertas e denúncias de crimes ambientais é possível acionar a Faema pelo telefone (47) 3037-6811.
