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Excesso de produção gera queda no preço do leite

Neste início de ano, o desafio é alcançar o equilíbrio entre a oferta e a demandaA queda nos preços do leite nos últimos meses vem do excesso de produção que deixou os laticínios com estoques bem acima da média. A tendência é recuperar os valores pagos aos produtores a partir de fevereiro com a volta às aulas, que estimulam o consumo. Mas ainda existe a preocupação com a instabilidade econômica da Argentina que pode afetar o setor no Brasil.   

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Na região do Triângulo Mineiro, o volume de captação de leite cresceu 20% entre novembro de 2013 e janeiro deste ano. O reflexo vai direto para a conta do produtor.

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O produtor Jerônimo Ferreira, que está na atividade há mais de 30 anos,  sabe como a instabilidade do mercado derruba o planejamento dos pecuaristas.

– A gente sabe que ela existe há muito tempo, mas não nos conformamos com ela não, nós precisamos fazer uma mudança aí.  O Brasil merece ter uma política que possa dar mais estabilidade no preço do leite. O produtor precisa disso, tem necessidade de um planejamento melhor nesse sentido – afirma Ferreira.

Cada laticínio adota uma estratégia com diferentes preços, de acordo com o mercado. Ferreira chegou a receber R$ 1,29 pelo litro em setembro do ano passado. Agora o valor caiu para R$ 1,08. Mas poderia ter caído ainda mais se não fosse a exportação de leite em pó.

Os laticínios terminaram o ano de 2013 com estoque de produtos acima da média. Muitos tiveram que alugar câmaras frias para dar conta da armazenagem. O queijo tipo muçarela, por exemplo, chegou a ser vendido pela metade do preço para baixar os estoques. Neste início de ano, o desafio é alcançar o equilíbrio entre a oferta e a demanda.

A cooperativa Agropecuária, em Uberlândia (MG), está industrializando 160 mil litros por dia, 15 mil a mais do que no mesmo período do ano passado.

– As empresas baixaram os preços dos seus produtos finais na tentativa de se livrarem dos estoques. A tendência é que o mercado volte a se normalizar, a partir de fevereiro, com a volta às aulas, a redução da produção e dos estoques – relatou o diretor presidente da Cooperativa Agropecuária, Cenyldes Moura Vieira.

Mesmo com a previsão otimista, Vieira alerta para a valorização do dólar na Argentina, que pode facilitar a importação de produtos lácteos e pressionar o mercado brasileiro.

– Com a instabilidade econômica no país vizinho, isso pode fazer com que a perda de valor da moeda local traga reflexo aos produtos lácteos argentinos e que, mais uma vez, pressionem o nosso mercado local – disse Vieira.

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