Exemplos de melhoramento genético são destaque na Expozebu

Projeto apresenta propriedades modelo na feira de UberabaA Expozebu 2012, que ocorre em Uberaba, no triângulo mineiro, aproveita o espaço para apresentar cases de melhoramento genético. Aproveitando exemplos de pecuaristas com experiências bem sucedidas, um projeto realizado durante o evento procura estimular novos criadores a apostarem na pecuária seletiva.

Neste ano, foram selecionadas histórias de produtores que são referências para o mercado. Os representantes escolhidos refletem o bom uso da biotecnologia e estratégias que deram certo na criação.

Entre as histórias, está a da fazenda Rancho da Matinha, que reúne 1,4 mil animais. Segundo a zootecnista Ana Virgínia Leal, o trabalho na propriedade baseia-se na funcionalidade: o melhoramento genético busca aprimorar características específicas do rebanho.

Melissa Nunes Miziara, coordenadora do projeto, explica a maioria dos criadores começou com pequenos rebanhos.

– Eles não tiveram uma história de rebanhos grandes desde o principio. Começaram com grupos pequenos com características menos favoráveis e que hoje em dia trabalham a genética de altíssima qualidade em relação à pecuária de corte ou a de leite – avalia.

A história de William Kouy ilustra a explicação de Miziara. O pecuarista começou com 47 fêmeas em 1965. Atualmente, tem mais de quatro mil animais registrados. Para ele, o segredo é trabalhar dentro da realidade da pecuária extensiva a pasto.

– Um reprodutor deve ser selecionado no ambiente que a sua progênie vai ser criada. Se você selecionou um reprodutor de uma forma artificial e depois quiser que ele traduza para os seus filhos essas qualidades a pasto, não vai acontecer. Não é por aí – afirma.

Na pecuária de leite, destaca-se a Estância Silvânia. O criatório levou 11 animais da raça Gir Leiteiro para o Parque Fernando Costa, onde ocorre a feira. A estância, que começou em 1962, já conquistou duas vezes o título de melhor expositor da Expozebu. As estratégias usadas são a inovação e a busca por novos nichos de mercado.

– Apostamos na melhoria genética e vamos inovando, agora vamos produzir 2000 litros de leite por dia do tipo A. Para conquistar o mercado, tem que ser persistente – afirma o proprietário Eduardo Falcão de Carvalho.