– Houve aquele caso de setembro, eles garantiram que a situação estava controlada. Mas as informações que temos são de que existem muitos focos no Paraguai – afirma.
Segundo Guedes, a suspeita parte de informações esparsas vindas de produtores paraguaios. Segundo eles, os focos na região de San Pedro estão em muitas fazendas e as autoridades paraguaias só relatam que existe um foco em apenas uma fazenda.
– Em dezembro, fontes oficiosas paraguaias diziam que haviam novos focos e as autoridades paraguaias prometeram averiguar com transparência. Na segunda eles confirmaram (um novo caso) – disse o diretor de sanidade animal do CNPC.
O dono da propriedade onde foi detectado o novo foco de febre aftosa disse na sexta, dia 30, que os animais tinham sintomas havia 26 dias. Para Guedes, isso confirma as informações obtidas no início de dezembro, em que setores ligados a produtores diziam que havia mais focos no Paraguai.
– O problema maior é conscientização do produtor. Não só do Paraguai, também da Bolívia. Se for o caso, o Brasil tem de agir como os Estados Unidos nos anos 1950, quando foram responsáveis pelo controle da aftosa no México e no Canadá. Da mesma forma, temos de ajudar Paraguai e Bolívia para acabarmos com essa repetição de focos – acredita.
Guedes acredita que as medidas tomadas pelo governo são paliativas.
– As medidas do governo são corretas e devem ajudar, mas falta o essencial, que é reunir autoridades e o setor privado dos Brasil e dos outros países da região e analisar epidemiologicamente de onde vêm esses focos – conclui.
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Em linha do tempo, relembre a cronologia do combate à febre aftosa:
Confira a localização do distrito de Piri Pukú, na região de San Pedro:
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