O boi gordo e a soja valorizada deverão turbinar a comercialização, em especial dos animais, que atingiram R$ 14 milhões em 2010. Campeões de vendas, os equinos crioulos projetam superar a marca de R$ 10,5 milhões atingida no ano passado ? 75% do total de exemplares negociados no parque.
? A raça crioula tem se valorizado muito nos últimos anos. O Estado tem 80% do rebanho e sua qualidade está sendo reconhecida nacionalmente ? destaca o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), Manuel Luis Sarmento.
A mesma empolgação é demonstrada pelo presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais do Rio Grande do Sul (Sindiler), Jarbas Knorr. Um dos parâmetros, diz o leiloeiro, é o bom desempenho das feiras de terneiros de outono este ano, que tiveram incremento de 65% nos negócios.
Entre os bovinos de corte, um dos destaques, a raça angus, também projeta bons lances em pista. O diretor de marketing da Associação Brasileira de Angus (ABA), Felipe Moura, acredita que a crescente procura pela genética angus impulsionará os negócios. A previsão é de que a raça comercialize entre 15% e 20% a mais do que em 2010 (R$ 1,2 milhão).
? Temos essa expectativa de alta nas vendas, pois há um aumento na quantidade dos animais e no preço médio pago pelo bovino ? explica Moura.
Uma novidade da ABA para esse ano será a criação de um espaço de venda exclusivo da associação para os exemplares de argola dentro do parque. Os criadores poderão inscrever seus animais, cujos preços serão pré-fixados.
No segmento de máquinas e implementos agrícolas, entretanto, o momento é de cautela. O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul, Claudio Bier, estima repetir o volume de negócios do ano passado ? R$ 827,5 milhões. O motivo é a queda nas vendas de 9% no primeiro semestre do ano.