A ExpoGenética, principal feira de melhoramento genético do país, começou nesta segunda, dia 21, em Uberaba (MG) e deve ter uma receita de R$ 19 milhões. Na agenda de negócios, estão programados 11 leilões oficiais e um shopping de touros. São mais de 700 animais e 40 expositores de todo o país.
A abertura do evento foi marcada por debate sobre a importância de selecionar animais que garantam melhores ganhos econômicos dentro das condições de cada sistema produtivo. O pesquisador da Embrapa Pantanal Urbano Gomes Pinto lembra que o Brasil é um país de dimensões continentais, com pecuária em todas as áreas.
“São regiões com condições diferentes. O Pantanal, por exemplo, tem características completamente diferentes da Caatinga. Há necessidade de identificarmos e utilizarmos essa genética de forma eficiente em lugares diferentes, assim todos os sistemas podem conseguir uma melhor receita”, afirma.
O gerente pecuário Frederico Bessa administra um criatório que comercializa reprodutores e matrizes nelore. Da propriedade, 14 bezerros e cinco touros foram levados para a feira.
“É a grande oportunidade que a gente tem de estar junto, conversando, expondo as ideias, falando do nosso trabalho e mostrando os animais e o que eles podem oferecer de resultado”, diz.
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Apesar da queda nos preços da arroba ao longo do ano, Bessa conta que o faturamento com a venda de animais aumentou quase 50% em 2017. Segundo ele, a expectativa para os negócios durante a feira é grande.
“Mesmo nesse momento de aperto, de dificuldade, a procura por animais tem se mantido. Esses animais melhoradores, com bons índices, não perderam seu valor”, afirma.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Gado Zebu (ABCZ), Arnaldo Borges Machado, todos os animais que participam desses eventos são muito bem avaliados.
“É o momento importante para o criador que faz pecúaria comercial de corte investir em reprodutores melhoradores”, destaca.
