O Brasil é o quarto maior exportador de bovinos vivos. A maior quantidade sai do Pará. O gado brasileiro percorre longas distâncias: 70% vão para a Venezuela e o restante chega a viajar até 21 dias de navio para o Líbano ou o Egito. A sociedade mundial de proteção animal reclama dos maus tratos.
Um dos argumentos dos ambientalistas é de que o país poderia aumentar os lucros e gerar mais empregos se o abate fosse feito aqui, beneficiando também a indústria de alimentos e de couro.
Foram os representantes do governo que puseram um ponto final na discussão. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, tanto as vendas de carne congelada quanto as exportações de bovinos vivos estão crescendo. E uma atividade não prejudica a outra.
O Ministério da Agricultura publicou, em março, uma instrução normativa estabelecendo regras para esse tipo de transporte. Os animais devem estar descansados e alimentados antes do embarque. Além disso, o navio deve passar por uma inspeção e ter espaço adequado e ventilação.