– Perdemos para a Colômbia e para o Uruguai. O Líbano, por exemplo, foi mercado grande nosso e perdemos para eles por questão de preço e não de qualidade – diz.
Cunha trabalha no segmento desde 1988, por meio da Agroexport e vem reforçando as parcerias com novos projetos no Exterior. Ele conta que embarcou 72 mil animais. Foram 50 mil a menos do que no ano passado, mas mesmo assim se diz confiante na abertura de novos mercados com potencial para 2012.
– Os grandes negócios deste ano foram com Angola. Vendemos um navio para nossa sucursal lá. Também temos um projeto Congo. São dois países novos no mercado com os quais vamos continuar em 2012. Com essa reestruturação do câmbio brasileiro e se o boi voltar a cair nos níveis normais, eu acredito que em volume a gente vai ter um ano melhor em 2012. A gente deve voltar aos níveis de mais de cem mil cabeças de gado. E devemos embarcar pelo menos o dobro que a gente embarcou em gado de raça – avalia.
Minas Gerais foi o Estado que mais se destacou na exportação de animais vivos em 2011. Faturou US$ 10 milhões. Angola foi o principal destino. Conforme Icce Garbellini, gerente internacional da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), o grande potencial para alavancar ainda mais as vendas, principalmente em receita, está na genética.
– Este ano, esses 10% de acréscimo nas exportações de animais vivos de Minas Gerais se devem principalmente aos animais de reprodução para formação de plantel, em especial para o mercado africano. Porém, necessita ainda de uma prospecção em vários países e nós estamos com esta perspectiva para 2012. Inclusive, temos uma missão marcada para o segundo semestre do ano – relata.