O crescimento é impulsionado pelo preço médio, que aumentou 12,05%, de US$ 2,45 mil a tonelada (t) para US$ 2,75 mil. Em termos de volume houve redução de 5,51%, de 461.882 t para 436.449 t. No mês de outubro, houve uma redução das exportações de 7,07% em volume em relação ao mesmo mês de 2010. Já o faturamento aumentou 8,64% no mês, enquanto o preço médio avançou 16,90%.
Em comunicado, o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Neto, ressalta que Hong Kong passará a ser o primeiro destino para a carne suína brasileira ainda este ano, superando a Rússia, cujos embarques vêm despencando em virtude do embargo que já dura cerca de cinco meses. De janeiro a outubro deste ano, o Brasil exportou 120,73 mil toneladas de carne suína para a Rússia, enquanto vendeu para Hong Kong, no mesmo período, 107,50 mil t.
A Abipecs cita dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os quais mostram que a Rússia deixará de ser o segundo maior importador mundial em 2012. Nessa posição, entrará a soma de Hong Kong e China. A Rússia passará para o terceiro lugar no ranking dos importadores mundiais. O primeiro comprador é o Japão, com 1,2 milhão de toneladas ao ano. Segundo o USDA, em 2011, a Rússia importará 930 mil toneladas de carne suína e a China e Hong Kong, juntos, importarão 910 mil toneladas; em 2012, serão, respectivamente, 700 mil toneladas e 940 mil toneladas.
As exportações brasileiras para Hong Kong e China deverão ultrapassar, em 2012, as destinadas à Rússia, hoje ainda o principal mercado do Brasil. Segundo a Abipecs, os primeiros embarques de carne suína para a China ocorrem neste mês de novembro, e as vendas para Hong Kong, em outubro, já colocaram esse destino em segundo lugar. Em outubro, as vendas para o mercado russo caíram 83,77% em toneladas, ante outubro de 2010, enquanto para Hong Kong houve crescimento de 36,75% e de 32,42%.
Neste ano, a Ucrânia encontra-se em terceiro lugar como destino da carne suína do Brasil. De janeiro a outubro, os ucranianos compraram 53 mil t, um crescimento de 43,63%, em relação a igual período de 2010. A Argentina é o quarto maior mercado comprador (crescimento de 21,75% em toneladas, em outubro), seguida de Angola (crescimento de 5,51% em toneladas em outubro).