As exportações totais de carne suína, considerando todos os produtos entre in natura e processados, alcançaram 278,3 mil toneladas entre janeiro e junho deste ano, segundo informou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O volume embarcado foi 18,9% inferior ao obtido nos seis primeiros meses de 2017, quando foram exportadas 343,3 mil toneladas.
A receita das vendas acumulada pelo setor neste ano totalizou US$ 567,2 milhões, saldo 30,4% inferior aos US$ 814,7 milhões registrados no primeiro semestre de 2017. Com 35 mil toneladas embarcadas, o desempenho das vendas em junho também registrou retração de 45,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram exportadas 64,1 mil toneladas. Na comparação com maio, a diminuição chega a 26,6% (com 47,7 mil toneladas exportadas no quinto mês de 2018).
A baixa dos níveis nos embarques também impactou a receita mensal das exportações em junho, que totalizou US$ 64,9 milhões, número 58,3% menor que os US$ 156 milhões realizados no sexto mês de 2017. Em relação ao mês anterior, o desempenho de junho foi 30% menor, com US$ 93 milhões em maio.
“Os bloqueios nas estradas ocorridos nos 10 últimos dias de maio ampliaram os impactos registrados pelo setor com o embargo imposto pela Rússia desde dezembro de 2017, o que fica explícito quando comparamos os desempenhos de maio e junho. Esperamos que esta retração se dissolva ao longo dos próximos meses, especialmente a partir de julho”, analisa Francisco Turra, presidente da ABPA.
Apesar dos problemas para o escoamento, a ABPA diz que as vendas de carne suína para a China cresceram 170% no primeiro semestre, somando 69,8 mil toneladas. “Hong Kong, atual principal destino das exportações de carne suína do Brasil, importou 79,3 mil toneladas no primeiro semestre, volume 12% acima do efetivado no mesmo período do ano passado, de 70,7 mil toneladas”, destaca a entidade.