As exportações totais de carne suínas (processada e in natura) brasileiras tiveram queda de 3,7% em volume em março, ante março de 2016, para 63,2 mil toneladas exportadas no período – frente à 65,6 mil toneladas exportadas em março de 2016, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Apesar do menor volume, a receita cambial cresceu no mesmo período. Foram US$ 151 milhões, 38,3% acima do alcançado no terceiro mês do ano passado, com US$ 109 milhões.
O segmento também registra crescimento no acumulado do ano. De acordo com a ABPA, no trimestre o saldo é de 179,2 mil toneladas, volume 8,7% superior ao alcançado no mesmo período do ano passado, com 164,9 mil toneladas. Na mesma base de comparação, a receita é 46,8% superior, com US$ 403,7 milhões, em comparação com US$ 275 milhões no ano anterior.
“O fluxo das exportações de carne suína do Brasil vem em bom ritmo neste ano. Nosso maior importador, a Rússia, já demonstrou publicamente absoluta confiança na qualidade do produto brasileiro, que é monitorado pelas autoridades sanitárias do Leste Europeu e de todos os outros países importadores”, disse, em nota, Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA. Ele afirmou ainda que acredita que os efeitos negativos causados pela operação Carne Fraca vão se dissipar rapidamente.
Maior importadora da carne suína brasileira com 38% do total, os embarques para a Rússia totalizaram 68,6 mil toneladas no primeiro trimestre, volume que supera em 14% o desempenho registrado no ano anterior. Segundo no ranking, Hong Kong foi destino de 37,7 mil toneladas (21,4% do total), 13% a menos que o registrado no primeiro trimestre de 2016.
No terceiro posto, a China importou 15,5 mil toneladas (8,8% do total), volume que supera em 42% o desempenho registrado no primeiro trimestre de 2016. A Argentina, que neste ano assumiu o quarto lugar entre os maiores compradores, importou 10,6 mil toneladas do produto brasileiro (6,1% do total), número 108% maior, no mesmo período.