As exportações totais de carne suína brasileira (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) alcançaram 732,9 mil toneladas em 2016, volume 32% superior às 555,1 mil toneladas embarcadas em 2015. A receita cambial acumulada nos 12 meses de 2016 atingiu US$ 1,483 bilhão, saldo 16% maior em relação ao obtido no ano anterior, de US$ 1,279 bilhão. As informações foram divulgadas nesta terça-feira, dia 17, pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
“Foi altamente positivo o crescimento da participação de Hong Kong, da China e de países da América do Sul no total exportado, diminuindo a dependência das vendas externas para a Rússia”, disse, em nota, Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA, ressaltando que o excelente resultado das exportações ajudou a diminuir os efeitos da retração do consumo interno, que teve impacto negativo da crise econômica brasileira.
Considerando apenas o mês de dezembro, as vendas do setor alcançaram 50,9 mil toneladas, 9,8% acima das 46,3 mil toneladas registradas no último mês de 2015. Em receita, o aumento foi de 32,7%, para US$ 108,6 milhões, em comparação com US$ 81,9 milhões de dezembro de 2015.
Ao longo do ano, a Rússia foi um dos principais destinos da carne suína brasileira, com 33% de participação, importando 245,1 mil toneladas, volume 1% superior ao desempenho de 2015. Hong Kong, em segundo lugar (22,7% do total), foi destino de 164,2 mil toneladas de carne suína brasileira, volume 33% superior ao mesmo período comparativo. Já para a China foram embarcadas 87,8 mil toneladas (12,1% do total).
Outros mercados também se destacaram nas vendas externa ao longo do ano, como Cingapura, com 32,6 mil toneladas (+16% em relação a 2015), Uruguai, com 29,4 mil toneladas (+30%), Argentina, com 25,2 mil toneladas (+132%) e Chile, com 23,1 mil toneladas (+180%).
“Para este ano de 2017 temos expectativas quanto à continuidade do bom fluxo de vendas para o Leste Europeu, para a Ásia e para determinados mercados da América do Sul. Ao mesmo tempo, é esperada para este ano a possibilidade de venda para a Coreia do Sul, cuja abertura de mercado está em fase final”, analisou Ricardo Santin, vice-presidente de mercados da ABPA.