Em dezembro, a receita das vendas externas de couros e peles foi de US$ 161,16 milhões, estável em relação ao mesmo mês em 2010 e acréscimo de 1% ante novembro. A indústria do couro teve participação de 6,86% do saldo comercial brasileiro em 2011.
Segundo dados do Relatório do CICB, o perfil das exportações brasileiras por tipo de couro no ano passado, nos produtos acabados, foi de 57%, em receita, e 42% em volume. Já nos últimos 11 anos o avanço do setor curtidor registrou aumento de 465% no porcentual da receita obtida com a produção de couros crust e acabados, produtos de maior valor agregado, passando de US$ 318 milhões (2000) para US$ 1,48 bilhão (2011).
No ano passado, os principais destinos do produto nacional foram a China e Hong Kong, com US$ 615 milhões; 30,1% de participação e crescimento de 10% ante 2010; Itália (US$ 456,9 milhões, 22,3% de participação e elevação de 18%); e Estados Unidos, US$ 229,48 milhões, (11,2% e aumento de 21%). Alemanha (US$ 88,88 milhões, 4,3% de participação e crescimento de 60%), Coreia do Sul (US$ 65,18 milhões, 3,2% e aumento de 36%), México (US$ 59,41 milhões, incremento de 42%), Vietnã (US$ 58,3 milhões, elevação de 13%) e Hungria (US$ 44,15 milhões, 152%) foram outros importantes destinos das exportações brasileiras.
Entre outros países que aumentaram as compras do couro nacional no período figuram Taiwan (US$ 36,7 milhões, 91%), Tailândia (US$ 34,47 milhões, 17%) e Uruguai (US$ 22,78 milhões, 187%).
O balanço das vendas externas de couros por Estado em 2011 em relação a 2010 informa que os principais exportadores são Rio Grande do Sul (US$ 492,22 milhões, 24,1% de participação) e São Paulo (US$ 442,38, 21,6% de participação), seguido pelo Paraná (US$ 227,8 milhões, 11,1%), Goiás (US$ 191,82 milhões, 9,4%) e Ceará (US$ 184,13 milhões, 9%).
Para 2012, o presidente do presidente do CICB, Wolfgang Goerlich, vê um cenário menos promissor para o segmento.
— A despeito da recuperação do valor das exportações, os 26,7 milhões de couros bovinos embarcados em 2011 ficaram 2% abaixo do volume do ano anterior. E, embora a receita apurada esteja dentro da estimativa do setor, a crise econômica internacional que atinge a Europa, Estados Unidos e agora chega à China, deve tornar os negócios mais difíceis em 2012 — disse o executivo.