“Mesmo em meio às dificuldades em relação ao cambio e à carga tributária, a competência e o alto nível do trabalho empreendido pela avicultura brasileira têm permitido ao país manter o share mundial”, diz, em nota, o presidente da entidade, Francisco Turra. Ele acrescenta que, apesar do resultado, não é possível “projetar fortes altas para este ano”.
Entre os produtos exportados, o maior volume foi de cortes, com crescimento de 12,8%, para 542,6 mil toneladas. Carnes salgadas tiveram aumento de 6%, com 41,5 mil toneladas, e os industrializados tiveram incremento de 2% no acumulado do ano, com 46 mil toneladas. Único segmento com recuo, o frango inteiro teve embarques 6,5% menores no período.
“O crescimento das exportações de produtos com algum tipo de processamento demonstra que o setor avícola brasileiro, cada vez mais, direciona-se para negócios com maior valor agregado. Exatamente por isto, é fundamental mais atenção governamental às agroindústrias, incluindo-as em medidas pró-competitividade, como a desoneração de INSS da folha de pagamento”, diz Turra na nota.
Destinos
Maior mercado das carnes de frango do Brasil, o Oriente Médio importou 315,9 mil toneladas nos três primeiros meses deste ano, resultado 12,7% menor em relação ao primeiro trimestre de 2011. Já a Ásia, segundo maior cliente dos exportadores de frangos do Brasil, adquiriu 294,1 mil toneladas, 16,8% acima de igual período do ano anterior. Em terceiro lugar e com o maior crescimento entre todos os mercados (com 40,8% de alta), a África importou 158,7 mil toneladas. Quarto maior destino, para a União Europeia foram embarcadas 112,5 mil toneladas de frangos, resultado 2,2% menor que o obtido entre janeiro e março de 2011. No quinto posto, os países das Américas importaram 63,3 mil toneladas, com alta de 2,6%.
“O resultado negativo das exportações do trimestre para o Oriente Médio foram influenciadas pelo desempenho nas exportações para o Irã, além da redução das compras em outros mercados. Como compensação, o surpreendente aumento das exportações para o continente africano, especialmente pela retomada dos patamares de embarques para o Egito. Soma-se a isto o crescimento dos volumes exportados para a Ásia, especialmente Hong Kong, Cingapura, Coreia do Sul e China”, afirma Turra.