– A indústria gaúcha foi massacrada nos últimos 10 anos, em função da guerra fiscal. O Estado do Rio Grande do Sul, da sua produção chegou a exportar até 70%, então, não éramos competitivos na porta da nossa empresa e tínhamos que vender para o outro lado do mar. Existe o incentivo, a exportação a custo zero de impostos. E aqui no Estado nós pagávamos 7% de ICMS enquanto o Paraná, São Paulo e Santa Catarina é 0%. Então, na verdade, quando temos lucros nas empresas, falamos de 4% a 5% do nosso faturamento. E quando nós temos um imposto de 7%, ele se sobrepõe. É maior do que o lucro – diz.
A estiagem que castigou o Estado também acarreta problemas à avicultura. As lavouras de milho tiveram em média 25% de quebra na safra. A expectativa inicial de produção, segundo a Emater, era de cinco milhões de toneladas. Agora, se estima que a safra não passe dos quatro milhões. Com pouco milho no mercado, a saca custa em média R$ 32,00. O aumento no valor do grão, conforme Freiberger, vai refletir no preço dos produtos.
– Nós acreditamos que o reflexo no preço do frango e do ovo gira na casa de 10% a 15%. É um custo, porque hoje o milho representa 50% do custo do frango. Com o aumento do milho nessa ordem, nós precisamos repassar, porque não tem como sobreviver sem repassar esses custos. Esperamos que através dos leilões que foram prometidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nós tenhamos o trigo para amenizar – avalia.