De acordo com o presidente do CICB, Wolfgang Goerlich, por conta da redução dos negócios fechados nos últimos dois meses de 2011, as exportações no início deste ano deverão apresentar desempenho fraco.
– Ao longo do ano, entretanto, deverá haver alguma recuperação, principalmente porque há relativa escassez de matéria-prima no mercado mundial. Dessa forma, há boas perspectivas de que os embarques cresçam de 5% a 10% em relação a 2011, movimentando perto de US$ 2,2 bilhões – diz.
Para ele, a conquista de novos mercados para produtos acabados, com maior valor agregado, pode ajudar no desempenho do ano. Em 2011, esses itens foram responsáveis por 57% das exportações brasileiras em receita e 42% em volume. Porém, o chamado “custo Brasil”, que inclui elevada carga tributária, altas taxas de juros, falta de linhas de crédito para capital de giro e excessiva burocracia, é fator negativo para as exportações do setor, afirma o executivo. As vendas do setor representaram 6,86% da balança comercial brasileira em 2011.
Destinos
Na análise por principais compradores de couro e peles brasileiros, em janeiro, a China e Hong Kong ficaram com o primeiro lugar, com 35,1% de participação, compras de US$ 48,94 milhões, 1% a menos que janeiro de 2011. A Itália ficou em segundo (US$ 29,1 milhões, alta de 4%, e 20,8% de participação), seguida de Estados Unidos, com US$ 17,36 milhões, queda de 11%, e representatividade de 12,4%.
Estados exportadores
Já entre os principais Estados exportadores de couro e peles em janeiro ficaram São Paulo (que retomou a liderança nacional, com vendas de US$ 35,42 milhões e 25,4% de participação), seguido do Rio Grande do Sul (US$ 24,62 milhões, 17,6% de participação), Paraná (US$ 21,53 milhões, 15,4%), Goiás (US$ 14,26 milhões, 10,2%) e Ceará (US$ 10,39 milhões, 7,4%).