O resultado foi impulsionado pelo aumento de 12,35% nos preços médios, que passaram de US$ 2.452 por tonelada no primeiro semestre de 2010 para US$ 2.755 por tonelada de janeiro a junho deste ano. Em volume, entretanto, houve queda de 1,05%, para 266,853 mil toneladas, ante 269,697 mil toneladas embarcadas no primeiro semestre de 2010.
Um dos principais destinos da carne suína brasileira no acumulado do ano foi à Rússia, com receita de US$ 339,428 milhões e embarques de 108,663 mil toneladas. Esse volume representou 40,72% do total exportado. Hong Kong pagou US$ 118,722 milhões por 51,861 mil toneladas, representando 19,43% de participação. A Argentina veio em terceiro lugar, com US$ 55,937 milhões e 19,045 mil toneladas, fatia de 7,14% do volume total; seguida de Ucrânia, com US$ 53,992 milhões e 17,9 mil toneladas, com participação de 6,71%; e Angola, com US$ 39,923 milhões, 17,122 mil toneladas e 6,42% de representatividade.
Somente em junho, as exportações de carne suína avançaram 29,65% em receita, passando de US$ 117,342 milhões para US$ 152,134 milhões. Os preços praticados no período foram de US$ 2.884/tonelada, incremento de 15,39% ante os US$ 2.499/tonelada de junho de 2010. Em volume, também houve crescimento, de 12,35%, passando de 46,952 mil toneladas para 52,752 mil toneladas.
Segundo a Abipecs, esse bom desempenho de junho aconteceu, mesmo com o embargo russo, iniciado no dia 15 de junho. Os importadores e exportadores da proteína anteciparam negócios e embarques na primeira quinzena do mês, explica o presidente da entidade, Pedro de Camargo Neto, em nota.
Em junho, os embarques à Rússia totalizaram 24,664 mil toneladas, alta de 19,59% ante junho de 2010 e receita de US$ 77,85 milhões, aumento de 36,01%. “Foram as compras russas que garantiram o bom desempenho das exportações de carne suína no mês”, declara Camargo Neto.
Notícias Relacionadas
Sobre o embargo russo, a entidade segue confiando em uma solução positiva para breve. “A Abipecs continua otimista, pois espera para breve a reabertura do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso e a aprovação de nova lista de estabelecimentos certificados dentro dos critérios mais rigorosos da autoridade sanitária russa”, afirmou Camargo Neto.
Uma missão do Ministério da Agricultura, liderada pelo secretário de Defesa Agropecuária, Francisco Jardim, está em Moscou para reuniões com o serviço veterinário daquele país (Rosselkhoznadzor).
Japão
De acordo com a Abipecs, o Japão confirmou o envio de missão veterinária ao Brasil na segunda quinzena de agosto. “Após dois anos de intensa troca de informações, o Estado de Santa Catarina deve ser visitado, criando importante expectativa de abertura do maior mercado importador do mundo”, disse Camargo Neto.
