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Exportador de carne bovina da Argentina tem novo prazo para embarque

Setor argumenta que a oferta de carne bovina é baixa no momentoResolução do Ministério de Agricultura da Argentina, publicada nesta terça, dia 15, no Diário Oficial, determina que, "por motivos de força maior", os exportadores de carne bovina terão um prazo excedente de 45 dias para tentar embarcar 70% do volume previsto na Cota Hilton (cortes especiais, de maior valor agregado). Segundo o cronograma interno determinado pelo governo, o embarque de 70% do total de 30 mil toneladas teria de ser alcançado até o dia 1º de março. Os exportadores, no entanto, ped

Entre outros motivos, o setor argumenta que a oferta de carne bovina é baixa no momento, por causa de um conjunto de fatores: diminuição do rebanho bovino, estiagem registrada durante o período compreendido entre 1º de maio de 2009 e 30 de abril de 2010 e escassez de gado destinado à exportação. A empresa que não cumprir os prazos de entregas parciais está sujeita a ter de repassar a parcela não embarcada para outros exportadores.

A cota argentina de cortes nobres que entram no mercado europeu com alíquotas diferenciadas era de 28 mil toneladas anuais. A presidente Cristina Kirchner conseguiu negociar no ano passado uma ampliação para 30 mil toneladas por ano, a partir de 2011. O cronograma anual compreende o período entre 1º de julho e 30 de junho do ano subsequente.

A administração federal impõe um prazo interno para fazer com que a cota seja atingida. Mesmo assim, nos dois últimos ciclos a Argentina não conseguiu cumprir o acordo. Em 2009/10 as empresas deixaram de exportar 39,2% da cota (11 mil toneladas). No período anterior, os exportadores deixaram de embarcar 1,8 mil toneladas.

A estiagem e as disputas entre o governo Kirchner e o setor agropecuário prejudicaram a produção, o consumo e a exportação de carne bovina do país. Dados da Câmara da Indústria da Carne da Republica Argentina (Ciccra), com base em números oficiais, mostram que as exportações de carne bovina argentina caíram 52,7% em 2010 ante 2009, para 302.034 toneladas. A produção retrocedeu 20,7% no mesmo período, para 2,68 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno recuou 13,2%, ficando em 2,38 milhões de toneladas. O consumo per capita de carne bovina baixou de 68,4 quilos para 58,8 quilos.

Frango

O retrocesso do mercado de carne bovina abriu espaço para a substituição por outras proteínas animais: peixes, suínos e aves. Neta terça, dia 15, a presidente Cristina Kirchner anunciou que entre 2003 e 2011 o consumo de frango quase duplicou e passou de 20 quilos per capita anuais para 38 quilos.

? Hoje, quase 37% da proteína animal que se consome no país é de frango ? disse Roberto Domench, presidente do Centro de Empresas Processadoras Avícolas (Cepa).

A Casa Rosada aproveita a situação de crise da carne bovina para incomodar os pecuaristas, não perdendo a oportunidade para fazer propaganda de outras carnes. No ano passado, em discurso público, Cristina disse que a carne suína “é afrodisíaca”. No discurso, transmitido por todos os canais de televisão do país, ela fez referência ao desempenho sexual do ex-marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, falecido em outubro passado, após um jantar no qual comeram um “leitão com a pele tostadinha”. Depois, insinuou ela, “foi tudo bem”.

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