Mais de 60 fotos contam como começou a ABCCC, criada em 1932, em Bagé, na fronteira com o Uruguai. Anotações feitas em cadernos e livros trazem os registros da evolução de uma raça que em 2011 comercializou quase 5,5 mil animais e movimentou R$ 106 milhões no país.
— Esses homens perceberam, naquela época, que o meio onde o cavalo foi criado estava lapidando um tipo. A natureza estava nos dando um tipo de cavalo e a partir daí entra a seleção genética orientada. Essas pessoas perceberam que a natureza já tinha dado uma dádiva, um cavalo que tinha temperamento, brio, resistência, musculatura, excelente osso, mas que tinha acima de tudo o que eu chamo de alma — comenta o roteirista da exposição, Renato Dalto.
A mostra também dá destaque para o Freio de Ouro ao mostrar as provas, os campeões e um painel de som que tenta reproduzir a emoção de uma final.
Neste domingo, a primeira classificatória brasileira em 2012 chega ao fim. O Bocal de Ouro reúne 96 estreantes na competição. No total, mais de 500 animais passaram pelas credenciadoras, mas apenas quatro machos e quatro fêmeas vão confirmar presença na final do Freio, que acontece em agosto.
A seleção de inéditos já trouxe uma grande surpresa. A fêmea Oraca do Itapororó, de propriedade da Estância Vendramin, de Palmeira (PR), conduzida por Fábio Teixeira da Silveira, obteve 9,8 de nota morfológica, a mais alta em 31 anos de existência do Freio de Ouro.
O Canal Rural transmite a final do Bocal de Ouro no domingo, a partir das 9h.