As pesquisas para melhorar a eficiência com custo reduzido, aliada a nutrição, manejo e treinamento, não param. Durante a exposição, o manejo e a alimentação seguem as regras adotadas no haras. O feno está em todas as baias. Os garanhões ganham ração mais concentrada, as éguas tem uma dieta um pouco mais leve.
– O garanhão tem uma ração mais concentrada, pois exigimos mais dele. Já que trabalha bastante, a ração tem melaço aveia. Já a ração da égua que fica na baia solta e tem pasto é menos concentrada – diz Sérgio Faria, treinador do Haras Agromaripa.
Cada criador escolhe um caminho para montar sua tropa. Fazendo um cálculo rápido, a compra de um embrião com acasalamento que tem grandes chances de chegar numa nacional custa em média hoje R$ 50 mil. Nas disputas de marcha com os cavalos prontos para montaria são quatro anos de investimento. Os criatórios calculam um gasto mensal de R$ 1 mil por animal, com alimentação, veterinário e treinamento.
Quanto mais tempo de preparo para encarar a pista, mais caro se torna o investimento. No caso de animais mais jovens o custo é menor.
– O custo é diferente até por que eles são novos – diz Paulo Belli, gerente do haras Sabe.
A égua Jolie da Sabe tem apenas 30 meses e vem com a faixa de reservada potra júnior. Nasceu no haras Sabe, criatório tradicional que já encarou 11 nacionais. O custo da Jolie, prata da casa, é um pouco menor do que o habitual, cerca de R$ 50 mil até agora, mas bastou o titulo para mais do que dobrar o valor de mercado. Aí entra outro critério: a paixão do criador pelo animal que está começando uma carreira em pista.
A Jolie é uma paixão minha, pois comprei a mãe dela com cinco meses de idade e cruzei com um cavalo que infelizmente já nos deixou. Esta potra não tem preço. Um dia alguém vai chegar e perguntar qual é o preço. Eu digo: você faz o preço, se eu aceitar eu vendo – brinca Hugo Paulo Gregg, proprietário do Haras Sabe.
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