Com previsão de pelo menos cinco mil toneladas do crustáceo, a estimativa é que o preço do animal com casca, para o produtor, fique entre R$ 4 e R$ 5 e menos de R$ 10 o descascado.
Para o consumidor final, que compra em supermercados, o quilo descascado pode chegar a R$ 15 nas regiões produtoras e cerca de R$ 20 fora das regiões onde o camarão é encontrado. Os cálculos são baseados na última boa safra, registrada em 2005. Na ocasião, mais de 4 mil toneladas foram capturadas.
Nas três principais associações de pescadores da Região Sul, reina o otimismo. Para o presidente da colônia Z-3, em Pelotas, Nilmar Conceição, além de abundante, a tendência é que os camarões apareçam grandes e com boa qualidade.
Carlos Alberto Simões, presidente da colônia Z-2, em São José do Norte, também está confiante. Além da boa safra, eventos como a Festa do Mar, marcada para a semana da Páscoa, em Rio Grande, atrairá turistas, ávidos por camarão.
O secretário da Pesca de Rio Grande, Carlos André Baptista, avalia que será possível encontrar o crustáceo em toda a extensão da Lagoa dos Patos, inclusive em regiões como Tapes e Porto Alegre.
O otimismo com a safra se dá pela mesma razão que preocupa os produtores rurais: a seca. Isso porque a falta de chuva permite que a Lagoa dos Patos fique salgada pela entrada da água do mar, favorecendo a reprodução dos camarões.