– O pecuarista não vê que está perdendo. Ele deixa de ganhar, porque essas bezerrinhas seriam no futuro vacas em lactação – afirma Cobianchi.
Nesta fase, a prevenção é o único remédio. A oferta do colostro e a cura do umbigo são essenciais e devem ser feitas logo após o nascimento. No Centro de Apoio Pró-Campo Piracanjuba, em Bela Vista de Goiás, a 40 quilômetros ao sul de Goiânia, o colostro é avaliado antes de ser fornecido aos filhotes. E eles mamam na mamadeira, para que o pessoal da fazenda saiba a quantidade exata que receberam.
– Algumas mães não têm colostro de qualidade e daí recorremos ao banco de colostro – explica Cobianchi.
Na fazenda são usados três tipos de bezerreiros, cada um para uma fase de idade. O modelo chamado de chileno, ou argentino, é destinado às recém-nascidas. Nessa fase, os animais não devem ter contato uns com os outros para evitar a contaminação cruzada.
Por volta do quinto dia depois do nascimento, as bezerrinhas já começam a receber ração a base de soja e milho misturada em um pouco de leite em pó para despertar o interesse delas pela alimentação sólida. No início, o consumo é bem pequeno, mas vai aumentando com o passar dos dias. Com dois meses e meio ela já come em torno de um quilo e já pode ser desmamada.
Além da quantidade de ração ingerida e da idade, o peso também interfere na hora da desmama. O ideal é que, para ser desmamada, a bezerrinha já tenha o dobro do peso que tinha ao nascer. Depois que largam a mamadeira, os animais recebem apenas ração e forragem de qualidade. Com esses cuidados, a fazenda consegue manter o índice de mortalidade em torno de 1%.
– Trabalhamos com bezerro que requer um cuidado muito grande, nutrição, aleitamento, aferição de temperatura, procurando a causa do problema para que seja cuidado mais rápido – conta o gerente de agropecuária Cleidiomar Assunção Silva.