O sítio plano, com lagos e pastagens, possui estradas asfaltadas e construções de alto padrão. A sede abrigou os famosos leilões da Boi Gordo que atraíam empresários, políticos e artistas populares. Muitos chegavam ao local de helicóptero. As terras eram cobiçadas também pelo Movimento dos Sem-Terra (MST), o que levou os responsáveis pela massa falida a requerer um interdito proibitório (proibição legal de invasão).
A outra propriedade, a Fazenda Vale do Sol II, em Salto do Céu, em Mato Grosso, está avaliada em R$ 1,3 milhão e tem 518,6 hectares. Embora esteja pronta para a exploração de gado, a propriedade também pode ser utilizada para o turismo, pois possui trilhas nos 31 hectares de Área de Preservação Permanente (APP) e é cortada pelo Rio Vermelho. O leilão será realizado na Casa de Portugal, em São Paulo, e os arrematantes precisam estar presentes.
O dinheiro obtido com o leilão será usado para o pagamento de 30 mil credores das Fazendas Reunidas Boi Gordo, que pediu concordata em outubro de 2001 e acabou tendo a falência decretada pela Justiça em abril de 2004, deixando um passivo estimado em quase R$ 2,2 bilhões em valores da época. Eles compravam bois no papel, sem que a empresa mantivesse rebanho equivalente no pasto. No último leilão, no dia 7, duas fazendas foram arrematadas por R$ 3,8 milhões, 80% mais do que o valor inicial.