Cerca de 85% dos produtores de leite do Brasil são pequenos e são responsáveis por apenas 15% da produção nacional que chega a 30 bilhões de litros por ano. Para eles e mesmo para os grandes, a Feileite realizada em São Paulo é uma boa oportunidade de conhecer as novas tecnologias e investir na modernização da produção.
O criador de gado, Alexandre Wanderlei, veio do Rio Grande Norte, até pouco tempo era um pequeno criador de gado leiteiro. Aos poucos foi crescendo, se associou a um grande produtor e hoje se considera um criador de médio porte. Wanderlei investiu na raça guzerá e vem conseguindo um bom preço. De acordo com o criador, essa variedade produz um leite com alto índice de sódio e isso gera uma maior produtividade na fabricação de lácteos.
No entanto, nem todos os produtores conseguem uma alta produtividade. O preço do litro do leite está, em média, quase R$ 0,20 mais alto do que no mesmo período do ano passado. Aparentemente uma boa notícia não fossem os custos de produção que também aumentaram. A margem de lucro ficou praticamente inalterada. De acordo com o presidente da Leite Brasil, Jorge Rubez, o lucro deste ano é parecido com o do ano passado.
? Nós ficamos no fio da navalha, se produzirmos mais não temos para quem vender, se produzirmos menos aí o preço sobe um pouquinho até no limite onde começou a sobrar leite e aí abaixa novamente. Não podemos deixar faltar e não podemos deixar aumentar demais ? aponta Rubez.
Notícias Relacionadas
A solução pode ser o aumento da produtividade, obtido com o avanço da genética e tecnologia avançada. É o que os produtores podem encontrar na edição deste ano da Feileite. Segundo o diretor da feira, Décio Ribeiro dos Santos, o setor não é mais amador e quem quer crescer precisa se profissionalizar.
? Se você não usar a altíssima tecnologia que está a disposição do produtor, não consegue ir em frente. Então quem vier para feira vai encontrar a genética e o que há de melhor na tecnologia da produção de leite ? afirma Santos.
