Os três Estados do Sul do Brasil são responsáveis por mais de 30% do pescado no país. No Rio Grande do Sul, a produção movimentou em 2010, só na Semana Santa, mais de R$ 14 milhões.
? É um volume muito alto e gera riqueza para o Estado e muitos empregos ? diz o técnico da Emater Luiz Vieira.
Quem vai ao local encontra de tudo: peixe fresco, congelado e até vivo! E se quiser experimentar na hora tem o espetinho peixe frito e o tradicional peixe na taquara.
? A Feira do Peixe de Porto Alegre surgiu quando a cidade ainda era nenê. Tinha oito anos apenas. Porém, no Estado existem em torno de 325 feiras do peixe, algumas com volume de comercialização significativo ? conta o técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Sul (Emater-RS) Luiz Vieira.
Apesar de a Feira do Peixe de Porto Alegre ser tão tradicional, o que muita gente não sabe é que quem atende nas bancas são os próprios pescadores. Para ter essa oportunidade de estar perto do consumidor, existem alguns critérios.
? Primeiro ponto: para você participar da feira tem que mostrar que tem a carteira de pescador, registro expedido pelo Ministério da Pesca. Depois, nós temos ainda uma comissão de pescadores que vai analisar os primeiros 35 que vivem lá dentro do rio, já vai direto para lá. Depois no segundo tem um sorteio na Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio de Porto Alegre (Smic), é feito um sorteio para os que estão no segundo grupo. São pescadores, mas que têm outra complementação de renda ? explica o presidente da Federação dos Pescadores do RS, Vilmar Coelho.
Alguns consumidores se surpreenderam ao saber que são os próprios pescadores que atendem nas bancas.
Carlos de Oliveira Figueiredo é pescador na Ilha da Pintada e participa da Feira do Peixe há mais de dez anos com a família.
? Na semana a gente para tudo para vender o peixe que já pescou. E o que já vendeu a gente compra de novo do caminhão, para revender. É a nossa Páscoa. É a Páscoa do pescador ? explica Figueiredo.