A família do produtor rural Armando Chaves Garcia trabalha com pecuária há quase cem anos no Rio Grande do Sul. O criador acompanha a movimentação dos preços e acredita que a retenção de matrizes em outras regiões do país é um dos principais fatores para o preço da arroba do boi estar em alta no país.
? No ano passado, o Centro-Oeste vendeu muita matriz, então, isso deve ter ocasionado o aumento de preço. Esses fatores devem ter gerado esta situação de carne saindo do Rio Grande do Sul para o Norte ? disse Garcia.
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O bom momento se reflete na comercialização dos animais. As feiras do Rio Grande do Sul realizadas este ano mostraram um aumento de 65% na quantidade de bezerros vendidos em relação ao mesmo período de 2010. O valor por quilo também aumentou, chegando a 28%. Com a venda das fêmeas, o valor também subiu, passou de 30%, apesar de a quantidade de fêmas comercializadas ter sido menor, com redução de quase 22%.
? A oferta para atender em massa a esse consumo levou-nos a uma queda no nosso estoque de ventres. Nos trabalhos que vieram sendo feitos no nosso decurso de 2005 para cá, nós verificamos que houve uma aceitação e uma receptividade por parte do produtor, no sentido de retirar o volume de fêmeas de comercialização e mantê-las em reprodução. E mantendo-as em reprodução, diminuiu, logicamente, o fluxo de oferta só de machos castrados que é o nosso mercado principal ? observou Carlos Sperotto, presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul).
Na semana passada, a arroba do boi chegou a ser vendida em São Paulo a R$ 103. Em Minas Gerais, também houve valorização, R$ 95 a arroba, o mesmo valor atingido no Estado de Goiás. Em Mato Grosso, o preço se manteve estável.
