A boa expectativa em relação ao resultado final do evento é reforçada pelo desempenho da feira nos anos anteriores. Em 2010, o faturamento foi de R$ 657 mil e foram vendidos mais de cinco mil animais. Em 2011, o ganho foi de mais de R$ 1,1 milhão e quase seis mil animais vendidos. No ano passado, o giro foi de R$ 1,15 milhão, porém, o número de ovelhas comercializadas foi menor, cerca de 4,1 mil.
– Não tem por que nossa expectativa não ser positiva e superar os números do ano passado, quem sabe R$ 1,3 milhão, R$ 1,4 milhão em vendas – acrescenta Garcia.
O segmento vive um momento positivo no país, com preços estáveis. O quilo da carcaça viva de cordeiro vale R$ 8,00. De acordo com o tesoureiro do Sindicato Rural de Pinheiro Machado, Max Garcia, os preços estão estáveis tanto no mercado da carne ovina como no da lã. A lã fina está bastante valorizada, mantendo ou superando o preço da safra passada. A carne apresentou uma leve queda no período, mas logo se estabilizou, o que gerou segurança aos investidores do setor.
O rebanho de ovinos do Rio Grande do Sul está estimado em quatro milhões de animais. A feira reúne o que há de mais qualificado no mercado. O processo que cuida da sanidade dos animais à venda inicia logo na primeira inspeção, assim que os ovinos chegam ao parque. Todas as exigências para a comercialização precisam ser atendidas.
– Os animais chegam e são vistoriados dentro do caminhão, onde é realizado o exame de piolho. Os animais de galpão recebem atendimento mais especial, pois os machos precisam ter o exame de brucelose, que a partir deste ano está sendo exigido pela Secretaria da Agricultura – explica o veterinário Gaspar Pedroso.
Nesta edição, cerca de oito mil animais, de 17 raças, estão inscritos. Do total, são 10 raças para lã e sete para corte. O diretor de exposições e feiras Paulo Sérgio Soares explica que as raças carniceiras são mais produtoras de carne em melhor quantidade, e os animais para a produção de lã produzem tanto carne como lã de boa qualidade.
O criador Luis Fernando Simoni levou 300 animais para o leilão da Feovelha no ano passado. Nesta edição, decidiu apenas comprar. Ele estima que vai levar ao menos 10 reprodutores para a sua criação.
– A gente sempre está à procura de reprodutores para melhorar a genética que temos dentro da estância. É preciso escolher animais que tenham bom porte físico, uma boa genética e que tenham uma qualidade de lã bastante boa, com a finura que a gente procura – afirma.
Nesta quinta, dia 24, acontece o Rematão, evento mais importante da feira, com mais de 12 horas de vendas ininterruptas.