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Fim de ano: preço do boi gordo segue estável

Apesar de a perspectiva geral ser de preços sem modificações, em alguns municípios de São Paulo e no Norte do país, a baixa oferta de bovinos tem elevado os valores pagos

O período entre as festas de Natal e Ano Novo normalmente é de poucos negócios e preços estáveis para a pecuária brasileira. Segundo a empresa de análise de mercado, Scot Consultoria, os frigoríficos já estão com as programações e estoques feitos para a demanda de final de ano e, diante disso, não há necessidade de intensificar a procura por matéria-prima.

Mas, não é só a baixa demanda dos frigoríficos que está deixando o mercado estagnado, já que os pecuaristas também diminuíram muito a quantidade ofertada, garante a consultoria.

Em lugares como a região de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, Goiânia (GO), e o norte de Minas Gerais, a redução do ímpeto da indústria em comprar está maior do que o volume de boiadas ofertadas e os preços acabaram caindo.

Já em alguns estados do Norte do país, o movimento que acontece exatamente o inverso dos municípios citados acima e a oferta menor de boi tem possibilitado valorizações nas cotações..

Vale destacar que em algumas regiões de São Paulo há frigoríficos, aqueles que ainda não preencheram as escalas de abate, ofertando preços acima da referência.

Acumulado do ano

Já quando se fala em valores acumulados, o preço da carne bovina completou a sétima semana seguida de alta no atacado. A valorização acumulada no período chegou aos 11,1%. Segundo a consultoria, “Até que enfim um comportamento sazonal típico, depois de tantos que passaram em branco”.

Para a Scot, devido ao ritmo em que a inflação vem, aparentemente ainda não haverá uma valorização real da carne em doze meses. Mas, ainda assim o cenário está melhor. Entre setembro e novembro os preços nominais médios sempre foram menores que os do ano anterior. A média deste período é de um recuo de 4,6%. As cotações de dezembro de 2017 superam em quase 2% as de 2016.

“Isto, certamente, é sinal concreto de recuperação da economia. Há alguns anos as contratações temporárias, de final de ano, por exemplo, não cresciam na comparação anual. Esta conjuntura faz crescer a expectativa para 2018. Mantido este cenário, teremos condições para que o escoamento melhore e destrave o mercado do boi gordo”, aponta o analista Alex Santos Lopes da Silva.

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