>>Fiscais agropecuários iniciam greve nacional por tempo indeterminado
Em assembléia, os fiscais que atuam no Estado, decidiram ocupar os postos de trabalho, mas continuar reivindicando por melhorias na categoria.
– O pessoal vai continuar realizando os trabalhos em frigoríficos, vai ser um trabalho bem criterioso, a inspeção vai continuar e o pessoal não vai deixar de ocupar o seu cargo. Só que vão estar mobilizado, e sempre vão enfatizar as pautas dos Sindicatos e todas as reivindicações nacionais vão se refletir nos postos de trabalho – disse o Fiscal Agropecuário Federal, Guilherme Reis Codadias.
Segundo Codadias, hoje, o número de fiscais que trabalha em Mato Grosso não atende a demanda. A categoria estima que seria necessário o triplo de funcionários.
– Existe, principalmente, em Mato Grosso, uma defasagem no pessoal do quadro. Então, precisamos urgente que seja feito um concurso público do Ministério da Agricultura. Atualmente, nosso quadro no Estado é de 73 fiscais, sendo que a demanda seria o triplo desse efetivo, em torno de 210 fiscais para realizar os trabalhos de fiscalização na área animal e vegetal – salienta.
Outro ponto questionado pelos fiscais é a redução de recursos para o órgão, e a ocupação de cargos por pessoas que não são ligadas ao ministério.
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– O Ministério da Agricultura sofreu recentemente um corte do seu orçamento, que comprometeu todas as atividades de fiscalização agropecuária de todo o mês de agosto, em todo o Brasil esse impacto já é visível. Nós estamos deixando claro que somos contrários a indicação de cargos comissionados e cargos técnicos por quem não fazem parte do quadro. Somos a favor da indicação das pessoas que fazem parte do quadro, e defendemos a meritocracia, principalmente, que seja através de uma seleção dessas pessoas – afirmou o fiscal.
Para os produtores, essa greve pode atrapalhar, já que todas as atividades do setor passam pelas mãos dos fiscais.
– Os fiscais federais são fundamentais em toda parte de controle, monitoramento e defesa agropecuária. Eles são os agentes responsáveis pelas fiscalizações dentro das indústrias frigoríficas, nas agencias de fronteiras, ou seja, é uma categoria extremamente importante, para a agropecuária brasileira. A gente fica muito preocupado por ver uma mobilização desse porte, mas respeitamos os direitos dos fiscais, de mobilizar e defender os seus mais importante para a economia brasileira que, é o agropecuário – lamenta o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari.
