A ideia da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) é provar que a carne e o leite das raças zebuínas criadas a pasto rendem muito nos frigoríficos e laticínios.
Coordenador do fórum, Cristiano Botelho explicou que o objetivo do encontro é mostrar as vantagens de rendimentos de carcaça, de aproveitamento de desossa, de toda a parte de sólidos. Segundo ele, o fórum também divulgou informações importantes sobre os mercados que buscam a carne de zebu.
Nas exposições, o trabalho sempre teve foco nos elos internos da cadeia produtiva e no mercado internacional do leite e da carne. Agora, segundo os especialistas, é necessário tratar de temas como saúde e sustentabilidade. Nos Estados Unidos mais, de 29% da carne tem marca própria, o que define conceitos de produção e qualidade.
Em termos de saúde, o fórum desta segunda teve a presença do cirurgião vascular Wilson Rondó, autor do livro Sinal Verde para a Carne Vermelha, que buscou eliminar os mitos que prejudicam a imagem do produto. Segundo ele, carnes como frango e peixe não merecem o título de mais saudável. Ele equipara essas proteínas animais:
– O frango é quase todo confinado, recebe ração, que contém quantidade significativa de Ômega 6, que são moléculas pro-inflamatórias, desfavoráveis para a saúde. O gado europeu é confinado desde o início; o salmão que nós comemos geralmente é de cativeiro.
O fórum também ressaltou a importância de trabalhar com a padronização das carnes através das marcas. Exemplo que vem do Programa Nelore Natural, criado há doze anos. De cada cem bois inscritos no programa que chegam ao frigorífico, apenas 20 acabam na mesa do consumidor, tamanho o rigor do processo.
Para o pecuarista Carlos Viacava, a padronização gera credibilidade:
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– Você tem uma marca, tem um produto definido, pode comprar sua picanha pelo telefone.
O fechamento do fórum contou com os pratos do chef de cozinha Allan Vila Espejo, que está lançando o livro Zebu na Cozinha. Ele criou pratos como Zeburguer e Zebuiada.
– Assim como a Expozebu fala do conceito de Zebu de Ponta a Ponta, é importante a gente conversar com o consumidor final que ingere carne e leite de zebu no seu dia a dia – conclui o coordenador do projeto.
A Expozebu vai até esta sexta, dia 10.
