O coordenador de biossegurança da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Marcos Vinícius Segurado Coelho, participou da discussão. Segundo ele, o plantio de milho transgênico tem que ser feito com cautela e dentro das regras. Para ele, é necessário que o produtor que optar pelo transgênico “observe o direito do vizinho de não plantar um material geneticamente modificado” e siga todas as medidas necessárias para isolar a safra transgênica da convencional e evitar contaminação.
O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), Rui Polidoro Pinto, disse que o Brasil caminha para a existência de dois períodos de safra do milho. A safra do verão deve permanecer nas regiões Sul e Sudeste do país, e a o milho safrinha deve ser o destaque no Centro-oeste. Para Polidoro Pinto, é necessário garantir o preço mínimo, ainda mais considerando o histórico da última década.
? Nos últimos dez anos, tivemos sete safras com problema: seis sofreram com a estiagem, e uma com a queda de preço. A safra deste ano também tem preços baixos ? disse o presidente da Fecoagro, frisando que o grande comprador do milho brasileiro será o governo.
Sobre essa questão, Rogério Colombini, diretor de Gestão de Estoques da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), disse ser necessário realizar leilões para a safra de milho e de trigo. Ele adiantou que na próxima semana deve acontecer um leilão de Valor de Escoamento do Produto (VEP) para o trigo gaúcho. Colombini também falou que o Rio Grande do Sul tem que começar a produzir o trigo melhorador, de boa qualidade, que já é produzido em outras regiões do país.