? Como o processo de recuperação judicial já superou um ano sem ser resolvido, se não houver acordo na próxima reunião ou se a Justiça não ampliar o prazo para um acordo, a única saída será a falência ? disse Marcos da Rosa, presidente da comissão de pecuaristas credores do Mato Grosso.
Assim como os outros encontros, a reunião da próxima terça também acontecerá às 10h, no Ypê Park Hotel, na mesma cidade. Um plano de recuperação judicial apresentado este mês prevê a criação de uma nova companhia – batizada de Nova Arantes -, o pagamento de dívidas condicionado à venda de ativos, a injeção de R$ 65 milhões em novos recursos pelos próprios credores, bem como a incorporação da empresa por outra do setor.
Além da dívida bancária, o Grupo Arantes deve R$ 9,168 milhões para credores trabalhistas e R$ 82,7 milhões para credores quirografários, incluindo pecuaristas e avicultores e excluindo bancos sem garantias. O advogado responsável pelo Grupo Arantes no caso, Joel Thomaz Bastos, foi procurado, mas ainda não retornou ao contato feito pela Agência Estado.
O pedido de recuperação judicial da Arantes foi feito em 9 de janeiro de 2009, no fórum de Nova Monte Verde (MT), mas o processo foi enviado, por determinação da Justiça, para São José do Rio Preto. Com sede na cidade do interior paulista, a Arantes tem oito unidades de abate de bovinos, quatro plantas de embutidos e faturamento anual de R$ 1,6 bilhão. A empresa tem capacidade instalada de abate de 5,5 mil cabeças de gado, de 253 mil aves por dia, e gera mais de cinco mil empregos diretos.