A reabertura foi anunciada nesta semana, quando representantes da empresa uruguaia estiveram em Araguari e informaram a decisão à prefeitura local. A intenção é contratar os 130 funcionários dispensados no ano passado e abrir novas vagas em breve com a ampliação da produção. A prefeitura da cidade informou que, além dos empregos oferecidos, a fábrica gera emprego indiretamente para outras empresas.
O mormo é uma doença infectocontagiosa que atinge os equinos, mas que pode ser contraída também por cães, gatos e até mesmo pelo homem. No ano passado, em Araguari, a contaminação levou ao sacrifício de dois cavalos e ao confinamento por um determinado período de cerca de cem animais. A doença já teria desaparecido da cidade e a representante da empresa uruguaia, Sandra Catharina Jorge, diz que está sendo solicitada junto ao Ministério da Saúde a inspeção necessária para a instalação do frigorífico.
O Parque de Exposições, foco da doença, foi vistoriado e liberado há pouco mais de três meses pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). No caso da empresa, a intenção é reabrir a unidade e de imediato retomar o abate não apenas de cavalo, como também de mulas, burros, jumentos, entre outros animais.
O frigorífico, fundado há 52 anos, tem sede brasileira em São Paulo. Ele ocupa uma área de 78 mil metros quadrados e vinha processando em média 680 toneladas de carne de cavalo antes de fechar. Mas reabre no momento em que o mercado ainda avalia o impacto do escândalo na Europa envolvendo o uso de carne de cavalo no lugar da de gado em lasanhas por uma multinacional de alimentos.