Frigoríficos brasileiros têm escalas de abate heterogêneas

Grandes indústrias contam com a disponibilidade de animais a termoA situação de escalas de abate heterogêneas perdura nos frigoríficos brasileiros, de acordo com levantamento da Scot Consultoria. As grandes indústrias contam com a disponibilidade de animais a termo e, mesmo que de forma tímida, a oferta de animais de cocho começa a aumentar.

A referência em São Paulo para o mercado do boi gordo está em R$97,00 por arroba a vista e R$98,50 por arroba a prazo. Isto favorece a tentativa de preços menores nas praças do Centro-Sul do país.

Ainda de acordo com a Scot Consultoria, no norte de Tocantins, as tentativas de compra abaixo da referência ganham força, já que as vendas da carne bovina recuaram nos últimos dias. Apesar disto, a oferta de boiadas se mantém restrita, o que trava os negócios. No mercado atacadista de carne com osso, houve recuo puxado pelas peças de dianteiro.

Mercado de reposição
Também o mercado de reposição não teve grandes alterações nesta semana. Dessa forma, demanda em ritmo lento, pastos fracos e o início das chuvas são os pontos de destaque. Segundo os pesquisadores, esta situação se refletiu nos preços, que fecharam praticamente estáveis em relação à semana anterior, na média do levantamento.

A expectativa de curto prazo é que com a melhora dos pastos a demanda seja retomada, especialmente para as categorias jovens. Colaboram com isso os relatos de aumentos nas consultas de preços.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, em São Paulo, o bezerro de doze meses e o boi magro estão cotados, em média, em R$1.190,00 e R$770,00 por cabeça, respectivamente. Em relação ao mesmo período do ano passado, o preço do boi magro caiu 1,7% e o bezerro mantém a mesma cotação, ambos em valores nominais. No mesmo período o boi gordo recuou 1%.