Frigoríficos fora das investigações terão atestado de legalidade do Mapa

Empresas terão direito ao ofício atestando que não têm qualquer relação com o caso, a fim de que possam enviá-los a importadores

Fonte: MPT-RS/Divulgação

Frigoríficos que não são citados nas investigações sobre irregularidades na produção de carnes vão receber do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ofícios atestando que não têm qualquer relação com o caso, a fim de que possam enviá-los a importadores. O compromisso de emitir os documentos foi assumido pelo ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), nesta segunda-feira, dia 27,  durante reunião do Conselho de Agroindústria (Coagro) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.

No encontro, empresários da agroindústria contaram que enfrentam dificuldades para exportar carnes e derivados porque há importadores exigindo essa garantia de qualidade dos produtos. Por isso, pediram a emissão de ofícios pelo Mapa, e o ministro se dispôs a assiná-los sempre que solicitado.

Maggi antecipou aos empresários que, nesta quarta-feira, dia 29, o presidente Michel Temer deverá assinar o decreto de atualização do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Riispoa). “O Riispoa tem 65 anos e contém exigências que já não fazem mais sentido.” 

Mercados

O ministro também ressaltou que este é o momento de “segurar” os mercados internacionais das carnes brasileiras. Quando passar essa fase, provocada pela investigação da Polícia Federal, Maggi quer promover missões aos países compradores, juntamente com empresas e associações do setor. “Vamos viajar para comprovar ao mundo a qualidade da carne brasileira.”

O Mapa, observou o ministro, vinha desenvolvendo estratégia de elevar de 7% para 10% a participação do Brasil no comércio agrícola global. Com os problemas criados pela investigação, acrescentou, o Ministério da Agricultura trabalha, agora, para não perder espaço no comércio internacional de carnes.

“O fato de conseguirmos manter o mercado aberto, não significa que teremos o mesmo volume de vendas’, afirmou Maggi. Segundo ele, há o risco de o Brasil perder espaço se não for feito um trabalho intenso. De acordo com o ministro, embora o país tenha conseguido reverter a situação com a China e de não ter tido perdas maiores com a União Europeia, os mercados ainda têm muitas dúvidas, que estão sendo esclarecidas pelo Mapa.