Os produtores rurais de Teutônia Sérgio Leonhardt e Clarice Leonhardt contam que tiveram uma quebra de 30%. As 27 vacas da ordenha produziam 500 litros de leite por dia, depois da geada a redução chegou a pelo menos 10%. Além do pasto perderam toda a plantação de milho verde.
O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) já estima os prejuízos causados pela onda de frio na primeira quinzena do mês. A previsão é de 18,5 milhões de litros de leite a menos do que em julho do ano passado.
? Nós temos regiões no Estado do RS que com certeza a perda de produção na propriedade rural talvez vá chegar a 30%. Naquelas propriedades onde mais a alimentação dos animais depende da pastagem natural, e essa com a incidência de geada, efetivamente, foi extinta ? informa o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini.
Palharini acredita que, com a produção menor, o preço do leite deve começar a subir ainda esta semana.
? Deve haver um repique de preço, que é normal porque acontece também para o produtor ter um aumento de custo. A silagem tem um custo diferente do que a pastagem natural, ou o complemento de ração, mas não há uma necessidade tão urgente de ter um reajuste de preço superior a 10% ? explica.