Geraldo Alckmin se mostrou otimista em relação às negociações com os frigoríficos. Durante o encontro na capital paulista, ele comentou a proposta de alterar a forma de cobrança do ICMS do setor. Atualmente o Estado devolve 3% de crédito do imposto estadual. A proposta do governo é aumentar para 4% a partir de agora e 6% para transações passadas.
Para os frigoríficos, uma solução é importante. O setor reclama da chamada guerra fiscal entre os Estados. Em São Paulo, a JBS anunciou o fechamento da unidade no município de Presidente Epitácio, há pouco mais de um mês. O presidente do conselho administrativo da empresa, José Batista Júnior, admitiu até a reabertura da unidade no município de Presidente Epitácio caso a questão tributária seja resolvida.
A JBS reivindica a devolução de créditos do ICMS de 7% sobre os produtos vindos de outros Estados. Mas a empresa se diz aberta a negociar.
O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que também é sindicalista, participou de algumas reuniões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), representantes de frigoríficos e autoridades do Estado. Segundo ele, a tentativa é de um acordo para reabrir a unidade do JBS e evitar novas demissões no setor, já que outros frigoríficos ameaçam deixar o Estado de São Paulo.
O governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo, evita utilizar a expressão guerra fiscal. Afirma apenas que a diferença de cobranças é uma questão de competitividade.