A central de cooperativas será a união das entidades e seus associados em um único órgão, que ficará encarregado de representar todos os produtores perante a indústria de pescado a ser criada. O objetivo principal é garantir que os piscicultores possam planejar, junto com o governo do Estado e entidades privadas, as ações e tomar decisões que sejam vantajosas para todas as partes envolvidas.
? Essa central de cooperativas vai representar todos os piscicultores no complexo industrial de pescado que está sendo criado. Eles vão ter voz ativa nas discussões sobre atividades que serão estabelecidas ? disse o secretário Lourival Marques.
Como resultado da reunião, foi criada uma comissão que ficará encarregada de discutir com os piscicultores as principais diretrizes e princípios norteadores da central. Também ficou agendada para a próxima quarta, dia 6, uma reunião técnica com a Seção de Associativismo e Cooperativismo da Seaprof, que vai apresentar à comissão as providências necessárias para a criação da central.
A demanda de produtores em busca de informações sobre cooperativismo e associativismo vem crescendo. A Seaprof está visitando vários municípios, promovendo palestras e auxiliando na criação e regularização das cooperativas e associações de produtores rurais.
Cabe à Seaprof promover a assistência técnica e orientar os piscicultores sobre a criação, comercialização e organização comunitária. Aos interessados em participar do programa, é preciso que a propriedade esteja com a documentação regularizada e tenha participação no programa de certificação da propriedade.
O programa tem como objetivo desenvolver a atividade no Acre, tornando-o referência na região amazônica. O governo do Estado vai construir toda a infraestrutura necessária. Rio Branco será contemplada com um centro tecnológico avançado de alevinagem, uma fábrica de ração para peixe e um frigorífico, que fará a limpeza, resfriamento, congelamento e filetagem do peixe.
O Vale do Juruá também será beneficiado com a implantação de um núcleo de piscicultura em Cruzeiro do Sul, com alevinagem e frigorífico. Os empreendimentos representarão polos de atração, beneficiando produtores de municípios circunvizinhos.
Com investimentos de R$ 53 milhões, o programa tem como meta produzir 20 toneladas de peixes por ano, com um crescimento de 30%. Serão priorizadas as principais espécies de peixes no Estado – tambaqui, pintado e pirarucu -, além de espécies secundárias.
Com a meta atingida, serão criados dois mil empregos diretos e cerca de dez mil indiretos, com implantação e implementação de quatro mil hectares de lâmina d’água.
Para o governo do Estado, o fator social é o principal responsável pelos novos rumos da piscicultura no Acre. O programa está fundamentado no bem-estar da população. Aos produtores serão oferecidos desde incentivos à criação de alevinos até melhores condições de comercialização. Os consumidores terão um produto de melhor qualidade, em maior quantidade e durante todo o ano, sem que haja a escassez do produto e a consequente elevação do preço.