– Nós detectamos que existem possibilidades de deficiência de boas práticas nas fazendas de cultivo, assim como nas fábricas de ração que fornecem alimentação para esse pescado. Então, essas ações desenvolvidas nessas duas etapas do processo vão levar a uma melhor orientação dos partícipes do processo. Desde os funcionários que trabalham na fábrica de ração, assim como aqueles que trabalham no manejo dos tanques de cultivo. Todo o trabalho visa a uma melhor orientação – salienta o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Leandro Feijó.
No Distrito Federal, a presidente da Associação dos Aquicultores e Pescadores Artesanais, Francisco Baia, diz que a associação já está tomando medidas para garantir pescado de qualidade.
– O produtor precisa emitir um guia de transporte animal chamado GTA, que consegue na Agrodefesa da cidade. Para emitir esse guia, é preciso de um atestado sanitário, um veterinário da Emater ou particular vai até a propriedade examina os peixes, e todo o processo produtivo. Vai atestar ou não que naquela propriedade nos últimos dias não houve manifestação de nenhuma patologia envolvendo a produção de peixe – diz Baia.
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– Esse levantamento é fruto de um trabalho conjunto que vem sendo desenvolvido com outros parceiros como o Ministério da Pesca e a Anvisa. Visando fazer um levantamento em âmbito nacional para verificar as principais indústrias, principais tipos de pescado e os principais setores produtivos que são envolvidos nessa criação. A posse dessas informações vai ser possível caracterizar o processo, e a partir disso, as ações vão ser desencadeadas para que a gente possa identificar quais são as possíveis causas, quais são as principais etapas que podem estar envolvidas no aparecimento da salmonella no pescado de cultivo – destaca Feijó.
A contaminação por salmonella causa, na maioria das vezes, diarreia nos animais e pode ser evitada se o peixe passar por algum tipo de preparo na cozinha.
