Governo federal e frigoríficos vão ao Egito e Irã para tentar acabar com o embargo à carne bovina brasileira

Equipe técnica já está no Peru para tentar reverter a decisãoO governo brasileiro e as indústrias frigoríficas vão ao Egito e ao Irã nas próximas semanas. A comitiva vai tentar acabar com o embargo que os dois países impuseram às compras de carne bovina de Mato Grosso após a ocorrência de um caso de Mal da Vaca Louca no Estado. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Camardelli, primeiro a missão vai trabalhar para derrubar o embargo do Peru, que deixou de importar de todo o Brasil. A equipe técn

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– Na sexta, dia 15, o corpo técnico, acompanhado pelo Itamaraty e Abiec estará presente junto ao Senasa, no Peru, tentando reverter e dar garantias necessárias para que a gente possa remover este impasse – afirma.

Além de reverter os três embargos recentes feitos à carne bovina brasileira, por Irã, Egito e Peru, o setor também está otimista para a abertura de outros mercados. Há tratativas em andamento com a Arábia Saudita, e na semana que vem uma comitiva da China vem ao Brasil. Desde dezembro de 2012, a China suspendeu as compras de carne bovina brasileira após a confirmação de um caso de Vaca Louca no Paraná, que ocorreu em 2010, mas que só veio à tona dois anos depois. A Abiec também espera que as negociações para a abertura dos mercado dos Estados Unidos não sejam prejudicadas.

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– O resultado que se tem, hoje, é um crescimento de 13% envolvendo o último mês de exportações. Nós não temos nenhuma sinalização, nenhum balizamento, nem dado negativo que de conotação ao item atípico, ou a qualquer outro item de exportação que envolve o processo como um todo – diz Camardelli.

Nesta semana, as três principais indústrias frigoríficas do país divulgaram os balanços do primeiro trimestre. Na comparação com os três primeiros meses do ano passado, a Marfrig teve aumento de receita líquida de 27%. A geração de caixa bruto, ebtida, cresceu 55% e o lucro bruto aumentou 53%. A Minerva Foods teve a receita líquida 22% maior, o ebtida cresceu 36% e o lucro líquido aumentou 4,5%. A JBS registrou receita líquida 35% maior e geração de caixa bruto 99% superior, lucro líquido com recuo de 69%. O analista de mercado Flávio Conde considera que as três empresas apresentam bons números e não devem ser prejudicadas pelo episódio de vaca louca em Mato Grosso.

– Eles devem ter um trimestre e um ano muito bom, e o que vai pesar mais é continuar fazendo esta lição de casa, gerar mais caixa e reduzir mais dívidas – conclui.