Entre as medidas adotadas, está o envio de representantes do governo aos principais mercados importadores.
– Desde a semana passada estamos participamos de encontros para dar explicações aos países com os quais o Brasil tem relação de importação. Foram enviados representantes à Paris, na França, e à Genebra, na Suíça, e, no dia 21, haverá uma nova reunião sobre o assunto na capital francesa. Nesse primeiro momento estamos dando explicações em âmbito multilateral, mas, se for necessário, mais a frente faremos encontros bilaterais também.
Além do Egito – que embargou apenas a carne paranaense – e da Arábia Saudita, China, Japão e África do Sul também interromperam as compras de carne do Brasil. Apesar do efeito dominó que o assunto vem causando, o impacto nas exportações ainda deve ser pequeno, já que os principais importadores não interromperam as negociações.
– Estamos monitorando os 20 principais mercados. A China é o 16º principal, responsável por 1,8% das importações. A Arábia Saudita é o 8º em quantidade e 9º em valor, representando 2,9% do que o Brasil exportou esse ano. Somando os dois, dá 3,7% do total. Os outros países que suspenderam as compras tem ainda menos representatividade. Então os embargos ainda não são muito impactantes. Mesmo assim, é importante estarmos atentos e prestarmos todas as informações para contornar o episódio – afirmou Porto.