A ideia é estabelecer uma rede de multiplicação e distribuição de mudas de mandioca – as chamadas manivas – e de palma forrageira, com qualidade genética e fitossanitária, para agricultores familiares do Nordeste. O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, diz que todo o esforço do governo é para garantir que a maior estiagem dos últimos 50 anos não comprometa o desenvolvimento da região.
– Por isso, não bastam ações emergenciais. Estamos trabalhando para assegurar uma nova perspectiva em relação ao futuro – disse o ministro.
Como a farinha de mandioca é um item importante da alimentação do sertanejo, o cultivo das manivas também contribui para movimentar a economia local. Ao distribuir essas mudas, a intenção é ajudar na recomposição da renda dos agricultores da região, após as perdas em decorrência da seca prolongada.
Outro problema estrutural que está sendo enfrentado é o da alimentação dos rebanhos. Para tanto, o Ministério da Integração Nacional vai investir na produção da folha de palma. A ideia é criar uma reserva estratégica do alimento para assegurar a sobrevivência dos animais, mesmo nos períodos mais críticos. Por suas características nutricionais, a palma forrageira é uma excelente fonte de alimentação animal. Além disso, trata-se de uma planta resistente a longos períodos de ausência de chuvas e que apresenta alta capacidade de produção por hectare.