Governo francês libera parcialmente operações de processadora de carne

Empresa Spanghero é acusada de ter rotulado carne de cavalo como bovinaO governo francês autorizou a empresa suspeita de ter originado o escândalo da carne de cavalo na Europa a retomar parcialmente suas operações. A processadora de carne Spanghero SAS, uma unidade da francesa Poujol, foi liberada para produzir carne moída, linguiças e comidas prontas feitas com carne, após autoridades terem inspecionado as instalações da empresa no último fim de semana. O armazenamento de carne congelada, no entanto, continua suspenso.

O governo acusa a Spanghero de ter rotulado, deliberadamente, carne de cavalo como bovina, e suspendeu as atividades da empresa na semana passada. A Spanghero nega as acusações e seus funcionários protestaram contra a suspensão, alegando que isso pode resultar em corte de empregos.

Autoridades disseram que liberaram a retomada parcial das operações porque os inspetores não encontraram irregularidades durante testes realizados em amostras de carne da empresa.

– Não havia motivo para uma proibição total, já que toda a documentação sanitária foi apresentada. É uma questão de manter os empregos – disse o ministro responsável pelo setor Agroalimentar, Guillaume Garot.

O escândalo da carne de cavalo começou na Irlanda no mês passado, com traços de DNA equino encontrados em hambúrgueres em grandes redes de supermercados do Reino Unido. Desde então, lojas do Reino Unido, França, Alemanha e Suíça retiraram milhões de produtos, principalmente comidas prontas, de suas prateleiras à medida que o problema se estendeu para países como Suécia e Romênia.

De acordo com o governo francês, a Spanghero vendeu carne de cavalo rotulada como bovina a outra empresa francesa, a Comigel, que produziu lasanhas de carne para uma empresa de alimentos congelados. Descobriu-se mais tarde que essas lasanhas continham carne de cavalo.

Na sexta, dia 15, a Agência de Padrões de Alimentos (FSA, na sigla em inglês) do Reino Unidos informou que 29 das 2.501 amostras de carne bovina testadas no Reino Unido recentemente continham DNA equino. 

Agência Estado