? Não há motivo para preocupação, porque a doença não ataca o ser humano e não é transmitida a nenhum outro animal, a não ser a suínos ? garantiu Arapiraca.
Focos de peste suína clássica foram detectados no último dia 16 de julho nos municípios de Chaves e Afuá, no Arquipélago do Marajó, localizados na divisa com o Estado do Amapá. Equipes de emergência, formadas por veterinários da Adepará, Agência de Defesa Agropecuária do Amapá e Superintendência Federal de Agricultura já estão nas áreas infectadas, fazendo o levantamento nas duas propriedades que apresentam suínos domésticos contaminados.
Os locais também serão desinfectados para evitar a propagação da doença. As equipes analisarão as áreas para determinar se há necessidade de sacrificar suínos em propriedades localizadas no raio de três quilômetros, e farão a investigação epidemiológica no raio de até 10 quilômetros das propriedades atingidas. Essa é a primeira vez que o Pará registra focos da peste suína clássica.
A doença, também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos, é contagiosa e frequentemente fatal em suínos de até quatro meses.
Infectados, os animais apresentam febre alta, manchas avermelhadas na pele, conjuntivite e diarréia, morrendo até 10 dias após o início dos sintomas.
As ações de controle e prevenção da doença contam com o apoio dos produtores rurais e da Polícia Militar. Proprietários de animais que estão sendo sacrificados serão indenizados pelas perdas no rebanho, com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Estado do Pará (Fundepec).
Atualmente, o Pará tem cerca de 266 mil suínos, uma produção caracterizada ainda como de subsistência, conforme verificado em visitas técnicas, cadastramentos e levantamento de informações com os produtores rurais. No Arquipélago do Marajó, o rebanho suíno é superior a 23 mil cabeças.